sábado, 6 de março de 2010

Hispania Racing Team

Carazinho (eles atrasaram, eu também) - Depois de meses de incerteza, falência iminente (para USF1, consumada, diga-se), a equipe de Adrián Campos que chamou-se Campos-Meta, depois Campos agora consta nas listagens de times inscritos para o Mundial de Fórmula 1 de 2010 sob o nome de Hispania Racing Team. Hispania é o nome de uma empresa imobiliária de Jose Ramon Carbante (muito prazer), magnata do setor imobiliário na Espanha que comprou a "estrutura" da Campos. Adrián Campos saiu de cena. A Stefan GP, equipe sérvia só não entrou pois dependia de pelo menos um desses fatores; a desistência da da USF1 (tentaria herdar a vaga) ou que a Campos desistisse. Se os tios-sams deixassem a porta aberta, como aconteceu, os sérvios brigariam pela vaga e torceriam para que a Campos falisse. Assim, como o próprio dono da Stefan GP disse, compraria os Dallara que estavam sendo produzidos na Itália (Dallara, muita tradição em produzir carros de corrida "em série", mas nenhuma experiência em F1) para a Campos (agora Hispânia ou, como a RGTV vai chamar, HRT). Mas no ano que vem os sérvios vem aí. O HRT foi apresentado na quinta-feira última em Murcia, Espanha. O carro é... simpático, vai, mas a pintura é horrível. Está sponsorless, salvo pelo "Embratel", que patrocina Bruno Senna desde os tempos de GP2, adesivado na lateral externa do aerofólio traseiro. O outro piloto é, como disse aqui, é um indiano com um nome muito difícil de escrever e que já desisti de tentar pronunciar. O cidadão já fez dupla com Bruno Senna na GP2. Bruno Senna está sonhando muito alto. Disse que talvez um pontinho aqui e outro ali seja possível. Já está dando na mídia especializada, como no site da emissora aqui do Brasil que detém os direitos de transmissão da categoria para o país, que o carro está com 20kg (isso mesmo, vinte quilos) acima do peso mínimo, por conta de que os componentes das sesuspensões dianteira e traseira são confeccionadas em ligas metálicas como no início dos anos 90 e não de fibra de carbono como atualmente. Sabem por quê? Preço. No afã de ter os carros prontos em tempo recorde, devem ter mandado a Dallara fazer de metal (titânio, acredito). O titânio em si é até mais caro que a fibra de carbono, mas a fibra tem um custo muito elevado pois as peças tem de ser feitas em moldes experimentais em escalas menores e depois no tamanho real. Além disso, como se trata de suspensão, a trama da fibra é muito específica. Você pode tramá-la, tece-lá para que tenha uma resistência em uma determinada direção pois, a fibra de carbono em si, sem ser tramada como um tecicdo, não tem lá muita utilidade. A Hispania (têm um "quê" se Seu Creysson nesse nome, não acham?) espera levar 5s dos ponteiros sem nunca ter acionado o carro, que dirá testado como a Lotus que testou, está esbelta mas é um piano em termos aerodinâmicos, levou eternos 6s dos ponteiros. Se a Hispania conseguir colocar o carro em movimento na sexta-feira que vem, podem colocar a champanha no gelo. Se der uma volta "rápida", abre-se uma. Se terminar a corrida, mandem um relatório do caso para o Vaticano para que aqueles senhores de batina investiguem se houve intervenção divina no feito.

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