segunda-feira, 28 de maio de 2012

Terra do Beto (2)

Marau (muito atrasado) - Para aqueles que esperavam uma super-corrida, cheia de líderes diferentes, cheia de ultrapassagens, cheia de safety cars e chuva (esta sendo prevista desde o sábado), o GP de Mônaco pode ter sido um tanto decepcionante. No largad, no entanto, Michael Schumacher saltou por fora, na tentativa de se livrar dos enroscos característicos da curva Saint Devote. Tinha Grrrrrrosjean à sua direita (vou começar a ministrar aulas sobre "Como digitar com sotaque"). Schumacher vinha fora do traçado. O que realmente aconteceu foi que Fernando Alonso empurrou o francês que por sua vez, para evitar um acidente maior com Alonso puxou para a esquerda, vindo a bater em Schumacher. Grosjean levou a pior tendo a suspensão traseira esquerda de seu carro quebrada. Kobaiashi, que vinha logo atrás, bateu a roda traseira direita de seu carro na roda traseira direita do carro do francês. Deste modo, o carro do samurai da F1 foi cataputado e na queda a suspensão deve ter sido avariada pois Koba-san completou apenas 5 voltas. Outros que foram capados logo no começo: el espanõl Pedro de la Rosa, da HRT, o qual levou uma entrada dura por trás (hum...) de "el hijo de la revolución chavista", Maldonado, da Williams, que também não completou uma volta sequer. A HRT do barcelonês teve a asa traseira quebrada e nosso enviado especial, Germano Anjo Ris (que inclusive já era pra ter voltado de Mônaco. Onde estás, calhorda?) nos relatou que a HRT fez um leilão no sábado a noite da única asa traseira reserva que havia levado pra Mônaco para custear a viagem de volta à Madri. Motivo este que impediu o retorno de El Pedro para la carrera. Com o defecção de Grosjean, Alonso e Massa ganharam uma posição cada, subindo para 4° e 5° respectivamente. Felipe Massa passou a demonstrar um ótimo ritmo atrás de Alonso, que poupava pneus. Chegou a instalar-se um clima bairrista na cabine da emissora oficial (que ostenta, na abertura dos trabalhos, "F1 40 anos" -e só agora, 40 anos depois valoriza o produto e percebe que é tecnicamente possível fazer uma transmissão direta com repórter no grid e etc- assunto para outra hora) de que a qualquer momento a Ferrari teria de dar ordem para que Alonso cedesse a posição a Massa. Nesse momento lisérgico da transmissão, não me espantei quando o narrador disse que não encontrou o "papel da classificação do campeonato" na mesa dele. Fez todo sentido. Sérgio Perez, o vermelhinho, que vinha do fundão (23°) por ter ficado espetado no guard-rail logo no inicio do Q1, não beliscou um pontinho por uma posição. Apesar da transmissão tentar deixá-lo de fora dos comentários por conta do seu capacete, se obrigou a falar em Perez durante o qualifying (pois esteve envolvido numa colisão com Maldonado no treino livre 3, gerando punição ao venezuelano) e durante a corrida. Afinal, não é todo mundo que ganha 12 posições em Mônaco. No frigir dos ovos, não posso negar que da metade para o fim da corrida o sono estava me consumindo. Não sei se porque estava acordado desde as 6h para ver a World Series By Renault 3.5 ou se porque a corrida começou a ficar chatinha mesmo. Dava uma ou outra dispertada quando Button (que decepção esse rapaz...) e Kovalainen bateram rodas umas duas vezes com o auri-verde se mantendo bravamente na frente do prateado. Rendeu o 13° posto ao time de Tony Fernandes e o abandono de Button a 6 voltas do fim. Aos que não concordam, desculpas. A meu ver Button recolheu para a garagem por qualquer outro motivo, menos "accident demange" como diz no site oficial da categoria.Webber, o herdeiro da pole position liderou de ponta a ponta e foi o 6° vencedor diferente nos 6 primeiros GPs, seguido do consistente Rosberguinho, Alonso, FFffffffettel ,Com. Hamilton, Massa, Paul di Resta e Hulkenberg (para a alegria do seu Vijay), Kimi Raikkonen e Bruno Senna, respectivamente. Gosto de usar "respectivamente". O interessante disso tudo é que entre os carros de ponta (ou seja, até o 6° colocado, Massa), apenas 6s separaram o vencedor deste já citado 6° colocado, em mais de 1h46min. de corrida, o que denota o equilíbrio entre as 4 grandes (a Mercedes chegou no patamar das grandes. Tem de se manter e evoluir).

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