sexta-feira, 3 de abril de 2009

Você Sabia?

Depois de tomar um "pau federal" das FW14B em 1992 (com Mansell a bordo, se bem que até um macaco seria campeão pilotando aquele carro), Senna estava meio desiludido com a F1, especialmente com o seu time que não lhe concebia um bólido digno de lutar pelo título (de pilotos e construtores, se bem que ele estava "cagando e andando" para o título de construtores). Senna até conseguia ser competitivo em alguns circuitos, de preferência os travados e com chuva, mas a Williams de Mansel era um fenômeno. Enquanto Senna tirava a mão direita para "cambiar", e as câmeras on board atestavam que a Mclaren de Senna estava sempre, eu disse, sempre, a ponto de fugir de seu controle. A FW14B de Mansel e Patrese pareciam "flutuar" pelo asfalto. O pacote (como todo mundo gosta de dizer) tecnológico da Willians era sem precedentes: Cambio seqüencial, acionado por "borboletas" atrás do volante (o que não exigia que o piloto tirasse uma mão do volante para trocar de marcha), o poderoso motor Renault V10 que casou perfeitamente com o sistema de câmbio, a aerodinâmica eficaz e, por fim, a suspensão ativa que, literalmente, lia o asfalto, e suas imperfeições, a sua frente. A imagem mais marcante, que tenho desse sistema em minha memória , é de uma matéria do Jornal Nacional onde a Williams FW15 de Prost, em 1993, (que ele se referia como "seu pequeno Airbus") estava sendo testada, nos boxes, a tal suspensão ativa (que, àquelas alturas, já não era propriamente uma novidade na F1). A imagem era linda: o carro semi-desmontado, sem bico, sem a carenagem do que cobre o motor e tem a tomada de ar superior, sem pneus e apenas apoiada (no lugar das rodas) por uma espécie de cavalete.

Bem, "me emocionei" ao falar do FW14B e FW 15. Desculpe.


FW14B (Mansell sem luva???) .


FW15, Prost no primeiro plano, a frente de Hill.

Aonde eu queria chegar era na resposta da pergunta: Você sabia?

Pois bem, você sabia que Ayrton Senna já andou de F-Indy?
O que todo o mundo pensa é que foi por causa desses acontecidos,narrados pelo meu devaneio acima, quase fugindo do tema do post. Senna jamais trocaria a F1 pela F-Indy. Um amigo muito, mas muito, próximo (nada a ver com o post "Senna? Gay?") relatou que Senna não trocaria a F1 pela Indy, pois achava aquelas corridas em ovais muito chatas. O teste que Senna fez na Indy foi apenas um convite de ninguém menos que Emerson Fittipaldi, que testaria o Penske de 1992, em Pheonix.
- Ayrton, porque você não testa o meu carro? Em Pheonix, antes do Natal. Quer dar umas voltas?
- Puta, eu vou meu!
Emerson contatou Roger Penske e disse que Senna queria testar o carro. Penske concordou com teste, desde que ele percorresse apenas o circuito misto e Pheonix.
Na lembrança de Emerson, Roger disse: "Se ele for rápido no oval, pode se machucar.



Senna on board ...


Emerson dando umas dicas...



Emerson ficou muito excitado em imaginar ele, Senna e Mansell
alinhados no grid em Indianápolis.


Porém o teste não passou de uma experiência e um projeto de blefe em cima de Ron Dennis.
Emerson só lamentou do teste ter sido naquele "circuitinho de merda". Segundo Fittipaldi, se Senna tivesse andado em Elkhart Lake, daí sim ele teria gostado.
Senna, a princípio, achou que o carro ia ser duro, mas surpreendeu-se ao afirmar que o "carro é gostoso de dirigir. A suspensão mexe mais que o F1 e ele avisa o que vai fazer."

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