Depois de tomar um "pau federal" das
FW14B em 1992 (com
Mansell a bordo, se bem que até um macaco seria campeão pilotando aquele carro),
Senna estava meio desiludido com a F1, especialmente com o seu
time que não lhe concebia um
bólido digno de lutar pelo título (de pilotos e construtores, se bem que ele estava "cagando e andando" para o título de construtores).
Senna até conseguia ser competitivo em alguns circuitos, de preferência os travados e com chuva, mas a Williams de
Mansel era um
fenômeno. Enquanto
Senna tirava a mão direita para "cambiar", e as
câmeras on board atestavam que a
Mclaren de
Senna estava sempre, eu disse, sempre, a ponto de fugir de seu controle. A
FW14B de
Mansel e
Patrese pareciam "flutuar" pelo asfalto. O pacote (como todo mundo gosta de dizer) tecnológico da
Willians era sem precedentes: Cambio
seqüencial,
acionado por "borboletas" atrás do volante (o que não exigia que o piloto tirasse uma mão do volante para trocar de marcha), o poderoso motor
Renault V10 que casou perfeitamente com o sistema de câmbio, a aerodinâmica eficaz e, por fim, a suspensão
ativa que, literalmente, lia o asfalto, e suas imperfeições, a sua frente. A imagem mais marcante, que tenho desse sistema em minha memória , é de uma matéria do Jornal Nacional onde a Williams
FW15 de
Prost, em 1993, (que ele se referia como "seu pequeno
Airbus") estava sendo testada, nos
boxes, a tal suspensão
ativa (que, àquelas alturas, já não era propriamente uma novidade na F1). A imagem era linda: o carro
semi-desmontado, sem bico, sem a
carenagem do que cobre o motor e tem a tomada de ar superior, sem pneus e apenas apoiada (no lugar das rodas) por uma espécie de cavalete.
Bem, "me emocionei" ao falar do
FW14B e
FW 15. Desculpe.
FW14B (Mansell sem luva???) .
FW15, Prost no primeiro plano, a frente de Hill.
Aonde eu queria chegar era na resposta da pergunta: Você sabia?
Pois bem, você sabia que
Ayrton Senna já andou de F-
Indy?
O que todo o mundo pensa é que foi por causa desses acontecidos,narrados pelo meu devaneio acima, quase fugindo do tema do
post.
Senna jamais trocaria a F1 pela F-
Indy. Um amigo muito, mas muito, próximo (nada a ver com o
post "
Senna?
Gay?") relatou que
Senna não trocaria a F1 pela
Indy, pois achava aquelas corridas em ovais muito chatas. O teste que
Senna fez na
Indy foi apenas um convite de ninguém menos que
Emerson Fittipaldi, que testaria o
Penske de 1992, em
Pheonix.
-
Ayrton, porque você não testa o meu carro? Em
Pheonix, antes do Natal. Quer dar umas voltas?
-
Puta, eu vou meu!
Emerson contatou Roger Penske e disse que
Senna queria testar o carro.
Penske concordou com teste, desde que ele percorresse apenas o circuito misto e
Pheonix.
Na lembrança de
Emerson,
Roger disse: "Se ele for rápido no oval, pode se machucar.
Senna on board ...
Emerson dando umas dicas...
Emerson ficou muito excitado em imaginar ele, Senna e Mansell alinhados no grid em Indianápolis.
Porém o teste não passou de uma experiência e um
projeto de
blefe em cima de
Ron Dennis.
Emerson só lamentou do teste ter sido naquele "
circuitinho de merda". Segundo
Fittipaldi, se
Senna tivesse andado em
Elkhart Lake, daí sim ele teria gostado.
Senna, a princípio, achou que o carro ia ser duro, mas
surpreendeu-se ao afirmar que o "carro é gostoso de dirigir. A suspensão mexe mais que o F1 e ele avisa o que vai fazer."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este é o momento mais gratificante do blog. Deixe seu comentário e faça um blogueiro feliz!