sábado, 16 de dezembro de 2017

Prost e Chuva

Bem opiniões pessoais a parte, estou meio cansado de ver e ouvir essas pessoas fazerem gracinha quando juntam  Prost, chuva e Interlagos na mesma panela.Não só aqueles que repetem o que ouvem ou lêem da mídia especializada, mas da própria mídia especializada. Só o que se ouve é "ah, como vocês sabem, chuva e Prost não são duas coisas que casam muito bem...", esse tipo de besteria. Contarei uma passagem do livro do mítico Professor Dr. Sid Watkins que, ao narrar o drámatico resgate ao francês Didier Prironi após seu gravíssimo acidente em Hockenheim, em 1982, lança luz sobre o tema. Primeiro, vou lhes premiar com uma bela passagem do fantástico livro do professor "Life at the Limit - Triumph and Tragedy
in Fromula One":

"(...) Chovia cântaros em Hockenheim, e tinha sido assim ao longo de toda a manhã de sábado - poucos carros estavam andando porque a sexta-feira tinha estado seca e não havia perspectiva dos pilotos melhorarem seus tempos da véspera (aqui um a parte meus, recordem de como era a regra da qualificação, os tempos de sexta valiam para formação do grid. Por isso era importante marcar um bom tempo já na sexta, pois se no sábado chovesse, o piloto ficaria mal posicionado).O grid era basicamente o da véspera, e Pironi estava na pole; ele também comandava o Campeonato Mundial. Herbert Linge, eu próprio e o anestesista da ONS estávamos sentados no Porsche no começo da parte do Estádio quando vimos a bandeira vermelha.

O acidente fora do outro lado do circuito e o carro destroçado estava há uns duzentos metros da entrada para o arquibancada. As equipes da ONS - com carros de salvamento e com os Porsches médicos de intervenção rápida estacionados no início da longa reta que leva até a entrada do Estádio - estavam lá quando nós chegamos. Pironi estava consciente, seu capacete já tirado e ele sabia que as suas pernas estavam terrivelmente feridas. Ele implorou-me para certificar que salvaria suas pernas e eu dei-lhe minha palavra. Ele estava cheio de dores e suas pernas terrivelmente deformadas com o impacto.

O Anestesista da ONS ministrou-lhe um analgésico intravenoso depressa e o rapaz adormeceu e sem dor. A Ferrari estava totalmente destruída e tivemos de cortar um bom bocado do carro para libertar as pernas de Pironi. Ele ainda estava dormindo, pelo que colocamos talas das duas pernas. Chovia furiosamente uma névoa caía sobre o topo das árvores da floresta de Hockenheim.

Foi enviado um helicóptero para o local. Penso que foi necessário uma meia hora para resolver a situação até Pironi estar suficientemente estabilizado para ser transportado por helicóptero (...).
A reconstituição do acidente mostrava que Prironi estava andando rápido no molhado e e tinha iniciado uma ultrapassagem ao que ele julgava ser uma nuvem de spray de um carro. Na realidade havia dois carros e Pironi bateu na traseira do carro de Prost e foi projetado, aterrissando, primeiro de traseira, e, depois, projetado de novo no ar para o impacto final. Mais tarde Pironi contou-me que no seu vôo pode ver os topos das árvores! Era fantástico como ele estava vivo."

Pois bem, como é possível extrair da bela narrativa do Prof, Sid Watkins, Didier Pironi bateu atrás de Alain Prost. Depois desse dia, Prost dizia que sempre que chovia ele via no retrovisor de qualquer carro que estivesse pilotando, a Ferrari de Pironi abalroando-lhe a traseira e decolando.
Assim, podemos assimilar de melhor forma porque Prost não é muito fã de pista molhada (na imagem acima, um jovem Alain Prost tirando as primeiras lições da pista molhada). 

É muito fácil apontar o dedo e rir duma dificuldade de alguém sem calçar sues sapatos (ou sapatilhas) e percorrer o caminho que essa pessoa trilhou.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Senna, 20 anos

Marau (vamos lá) - Eu não ia escrever uma linha sobre o aniversário de Ayrton Senna, tanto de nascimento quanto de morte. Penso que já passou da hora de deixá-lo descansar, por vários motivos. Morreu. teve inquérito policial, teve processo, julgamento e o próprio Sir Frank Williams admitiu, em off para a família que acreditava mesmo na tese da promotoria, que o acidente se deu por um remendo mau feito na coluna de direção do FW16, o que não ficou provado nas vias judiciais. Hoje, vinte anos depois da morte do piloto, ainda se especula e se fala demais sobre isso. Chega. É hora de lembrarmos do homem, sem ufanismo barato (que quase sempre, qualquer ufanismo, é barato). Relembrar as vitórias, derrotas, as polêmicas. Pensar no que estaria fazendo se ainda estivesse vivo, mas com tenência. Hoje em dia há livros, sites, blogs e toda sorte de material que nos ajudam a fazer isso. Devemos parar de desenhar o ídolo e traçarmos, numa só linha, a pessoa, o filho, o garotão que casou-se cedo e foi pra Inglaterra tentar a sorte como profissional. Pensar se realmente a mídia mainstream acertou ao esculpi-lo como herói nacional das manhãs de domingo. Recomendo fortemente o livro do meu xará Ernesto Rodrigues "Ayrton o herói revelado", um tijolão de mais de 600 páginas. Não se deixem levar pelo títulos dos capítulos (que na maioria das vezes até parecem sarcástico em face ao que escrevo hoje).
Pintado como o genro que toda sogra gostaria de ter, Senna tinha uma veia, de grosso calibre, de "Dick Vigarista", apelido muito usado para descrever Michael. Schumacher. Vingativo, neurótico com a própria performance (na pista) Senna foi capaz, assim como Schumacher de provocar, deliberadamente, acidente que lhe proveu títulos mundias. Foi assim com Prost em 1990, assim como Schumacher fez com Damon Hill em 1994. Senna começou nesse negócio de corridas quando era criança, apoiado financeiramente pelo pai que, por vezes, achava que o preço cobrado pelo preparador de motores para seu kart era "barato demais pra ficar bom". Participou de campeonatos mundias de kart e nunca foi campeão. Título esse ostentado por pilotos que andavam no perigoso meio do grid da F1 como Jan Magnussen, Jarno Trulli e mais tarde Giedo Van der Garde. Outra coisa que poucos lembram ou sabem é que Nelson Piquet também é tri-campeão mundial de F1 assim como Senna. Piquet provocava certa antipatia na emissora oficial por não ter saco para aturar a bajulação da mesma. Vinte anos depois, penso que é hora de deixar o espírito de Senna repousar, onde quer que esteja.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Clássicos de Sexta



Clássico ressuscitado por uma bandeira de cartão de crédito... 


domingo, 16 de março de 2014

Uyrricardow Desclassificado

Marau (vamos rir um pouco...) - Diferenças entre a leitura da FIA e a leitura do capacitor de fluxo do carro do time austríaco tiram o 2° lugar de Uyrricardow. Christian Horner sobre a desqualificação de Uyrricadow: "These fuel-flow sensors, which have been fitted by the FIA to measure fuel, have proved problematic. I'm extremely disappointed, quite surprised and we will of course appeal," Segundo o tradutor do Google, ele disse, em português:

"Esse sensores que medem o fluxo no capacitor (de fluxo), que foram instalados pela FIA, mostraram-se problemáticos. Estou extremamente desapontado, surpreso pelo desquite e, é claro, vamos tirar a pele deles!"

Deve ser por isso que a Red Bull anda meio perdida no tempo.

F1, Rd01, Austrália

MARAU  (assim vai ser "soda") - Ata da transmissão:

Aos 16 dias do mês de março de 2014, entre das 3h as 4:30 da manhã foi veiculado o que segue:

* Ao invés de cascalhos, as áreas de escape contam com areia movediça, comentei sobre o potencial perigo com a minha esposa, que agora me vai me deixar assistir às corridas no quarto devido a drástica “redução do barulhão”, segundo ela.

* Massa levou uma por trás.

* A nova era turbo tem um pacote interessante. Sei;

* O nome do novo canguru  dos energéticos (Ricciardo) pronuncia-se UYRRI-CAR-DOW, segundo o especialista em linguística que afirma ter assistido o vídeo do rapaz dizendo “My name is Déniél Ricárdow” umas vinte vezes. O especialista ex-pilotocomentaristarepórterdegrelha prometeu tirar essa história a limpo com o citado no próximo GP.

* O ex-pilotocomentarista sabe o que um turbo faz, mas não está claro para ele para onde essa ventoinha envia a “power ” para a “uint”;

* O supracitado e o outro comentarista fizeram listas;

* Os carros da F1 contam com duas caixinhas.

* Quando a ponta do nariz quebra, sente-se frio nos pés;

* Ter 8 marchas ao invés de 7 não muda muita coisa, segundo o especialista o ex-pilotocomentarista.

Sendo o que tínhamos para a ordem do dia,  ficou acordado que o próximo encontro será daqui duas (02) semanas.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Terra do Beto (2)

Marau (muito atrasado) - Para aqueles que esperavam uma super-corrida, cheia de líderes diferentes, cheia de ultrapassagens, cheia de safety cars e chuva (esta sendo prevista desde o sábado), o GP de Mônaco pode ter sido um tanto decepcionante. No largad, no entanto, Michael Schumacher saltou por fora, na tentativa de se livrar dos enroscos característicos da curva Saint Devote. Tinha Grrrrrrosjean à sua direita (vou começar a ministrar aulas sobre "Como digitar com sotaque"). Schumacher vinha fora do traçado. O que realmente aconteceu foi que Fernando Alonso empurrou o francês que por sua vez, para evitar um acidente maior com Alonso puxou para a esquerda, vindo a bater em Schumacher. Grosjean levou a pior tendo a suspensão traseira esquerda de seu carro quebrada. Kobaiashi, que vinha logo atrás, bateu a roda traseira direita de seu carro na roda traseira direita do carro do francês. Deste modo, o carro do samurai da F1 foi cataputado e na queda a suspensão deve ter sido avariada pois Koba-san completou apenas 5 voltas. Outros que foram capados logo no começo: el espanõl Pedro de la Rosa, da HRT, o qual levou uma entrada dura por trás (hum...) de "el hijo de la revolución chavista", Maldonado, da Williams, que também não completou uma volta sequer. A HRT do barcelonês teve a asa traseira quebrada e nosso enviado especial, Germano Anjo Ris (que inclusive já era pra ter voltado de Mônaco. Onde estás, calhorda?) nos relatou que a HRT fez um leilão no sábado a noite da única asa traseira reserva que havia levado pra Mônaco para custear a viagem de volta à Madri. Motivo este que impediu o retorno de El Pedro para la carrera. Com o defecção de Grosjean, Alonso e Massa ganharam uma posição cada, subindo para 4° e 5° respectivamente. Felipe Massa passou a demonstrar um ótimo ritmo atrás de Alonso, que poupava pneus. Chegou a instalar-se um clima bairrista na cabine da emissora oficial (que ostenta, na abertura dos trabalhos, "F1 40 anos" -e só agora, 40 anos depois valoriza o produto e percebe que é tecnicamente possível fazer uma transmissão direta com repórter no grid e etc- assunto para outra hora) de que a qualquer momento a Ferrari teria de dar ordem para que Alonso cedesse a posição a Massa. Nesse momento lisérgico da transmissão, não me espantei quando o narrador disse que não encontrou o "papel da classificação do campeonato" na mesa dele. Fez todo sentido. Sérgio Perez, o vermelhinho, que vinha do fundão (23°) por ter ficado espetado no guard-rail logo no inicio do Q1, não beliscou um pontinho por uma posição. Apesar da transmissão tentar deixá-lo de fora dos comentários por conta do seu capacete, se obrigou a falar em Perez durante o qualifying (pois esteve envolvido numa colisão com Maldonado no treino livre 3, gerando punição ao venezuelano) e durante a corrida. Afinal, não é todo mundo que ganha 12 posições em Mônaco. No frigir dos ovos, não posso negar que da metade para o fim da corrida o sono estava me consumindo. Não sei se porque estava acordado desde as 6h para ver a World Series By Renault 3.5 ou se porque a corrida começou a ficar chatinha mesmo. Dava uma ou outra dispertada quando Button (que decepção esse rapaz...) e Kovalainen bateram rodas umas duas vezes com o auri-verde se mantendo bravamente na frente do prateado. Rendeu o 13° posto ao time de Tony Fernandes e o abandono de Button a 6 voltas do fim. Aos que não concordam, desculpas. A meu ver Button recolheu para a garagem por qualquer outro motivo, menos "accident demange" como diz no site oficial da categoria.Webber, o herdeiro da pole position liderou de ponta a ponta e foi o 6° vencedor diferente nos 6 primeiros GPs, seguido do consistente Rosberguinho, Alonso, FFffffffettel ,Com. Hamilton, Massa, Paul di Resta e Hulkenberg (para a alegria do seu Vijay), Kimi Raikkonen e Bruno Senna, respectivamente. Gosto de usar "respectivamente". O interessante disso tudo é que entre os carros de ponta (ou seja, até o 6° colocado, Massa), apenas 6s separaram o vencedor deste já citado 6° colocado, em mais de 1h46min. de corrida, o que denota o equilíbrio entre as 4 grandes (a Mercedes chegou no patamar das grandes. Tem de se manter e evoluir).

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Terra do Beto

Marau (gostei) - Quatro homenagens capacetísticas marcaram o primeiro dia de atividades de pista em Monte Carlo. Fernando Alonso editou o seu remetendo à jogatina e à grana que come solta na terra do Beto (príncipe Albert II de Mônaco é pra quem não é amigo dele). Números aleatórios como numa roleta, fichas, dourados-sem -ter-fim, dados, cartas de baralho, um iate, a Ferrari 158, carro que teve sua estréia no Mundial de 1964 na corrida de Mônaco e alcançou a glória máxima também naquele ano com o inglês John Surtees. Na parte traseira do casco há uma dica para apostas "Bet on Red" -aposte no vermelho- e uma moeda dourada que dá ao incauto a naipe do piloto por baixo de todos esses símbolos. Já o frânces Jean Eric-Vergne aproveitou a participação do seu compatriota e xará Jean Alesi nas 500 Milhas de Indianápolis e usará uma pintura igual a do piloto de 47 anos para prestar sua homenagem e dar aquela força. Lê-se próximo da coroa do capacete a inscrição "Forza Jean Indy 500 2012". Dia 27 de maio de 1979 foi a última vez que James Hunt participou de uma corrida de F1. E foi em Mônaco. Exatamente na data do GP de Mônaco deste ano. E quem mais poderia relembrá-lo de modo tão Rock n' Roll como Kimi Raikkonen? Sérgio Perez também fez sua cabeça. Em uma homenagem muito mais tenra, Perez lembra do maior humorista de seu país, o já debilitado Roberto Gomes Bolaños, o Chespirito em seu personagem Chapolin Colorado. Falando em pinturas, não podemos esquecer do novo patrocínio da Lotus, o tal jogo Angry Birds". Realmente confesso que não faço a menor idéia do que se trata (a não ser de pássaros raivosos). Também não procurei saber tenho de admitir que venho nutrindo uma profunda raiva de quem sabe.
O treino livre 2 foi uma zona de proporções faraônicas. Button fez um ótimo tempo no início com pneus vermelhos (supermacios). Então caiu uma garoa que não serviu para nada, a não ser atrapalhar. Não molhou o suficiente para o bom rendimento dos pneus intermediários e era o suficiente para aumentar a "força magnética de atração" entre os carros e os guard-rails se calçados com pneus slicks, motivo este que levou boa parte dos pilotos a ficar nos pits por mais de 30 min. Aos poucos a chuva foi parando e o pessoal começou a andar forte no finalzinho do treino. Um surpreendente Grrrrrrrosjean (tô escrevendo com sotaque agora) ficou a pouco menos de quatro décimos do tempo de Button. O detalhe é que o francês estava usando pneus amarelos (macios, os duros para Mônaco). Massa e Alonso, respectivamente (sim, respectivamente!) em 3° e 4° e Maldonado fechando o top five. Sobre o treino livre 1 acho que é meio tarde pra escrever... O que explica Massa e Alonso nessas posições? Alonso nem tanto, porque esse hours concours mas Massa em 3°? Já sabemos que a bagaça do F2012 é ruim de aerodinamicamente. Bem, Mônaco não é lá uma pista que se exija muito disso. A aderência é muito mais mecânica do que aerodinâmica.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Tudo pronto para receber Raikkonen

Marau (boa) - Em Estone, a Lotus preparada para a recepção de Kimi Raikkonen em suas instalações.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lotus anuncia Grosjean

Marau (perdeu) - A Lotus anunciou hoje por meio do seu site o franco-suiço de 25 anos, Romain Grosjean para o segundo posto da equipe de Estone. Tem um currículo invejável em monopostos: em 2003, Campeão da Formula Renault Suiça; 2005, Campeão da Formula Renault Francesa; 2007, Campeão da Formula 3 Europeia; Bi-campeão da GP2 Asiática em 2008 e 2011 e Campeão da GP2 também em 2011. Fará dupla com Kimi Raikkonen em 2012. Não é a primeira vez que o piloto, que corre sob a bandeira da frança, divide uma equipe na F1 com um campeão mundial. Já o fez em 2009 ao lado de Fernando Alonso substituindo Nelsinho Piquet em algumas provas durante a inconstante temporada do brasileiro em 2009 (a inconstância se deu, dentre outras coisas ao terrorismo de Briatore e ao Contrato por Performance firmado entre a equipe e o brasileiro na época. Como poderia, Nelsinho, honrar um contrato desses se os carros dele e de Alonso não eram iguais? Fica a dica, Grosjeam).
Ah, e Bruno Senna? Petrov? Reservas da Lotus Renault GP? Seria um passo para trás e eles foram desligados do time. Eric Boullier: "Eu gostaria de agradecer a Vitaly Petrov e a Bruno Senna pela colaboração para o nosso desempenho e de desejar a eles o melhor para o futuro". Assentos a definir: Force India e Toro Roso. Vagas: Williams e Hispania, uma cada